terça-feira, 23 de novembro de 2010

Insensato e ultrajante

Estava aqui agora lendo um texto do Freud "Sobre a Transitoriedade" e ele tem argumentos muito bons e que concordo com quase tudo. Há vários argumentos, quem sabe todos, que eu nem sequer havia pensado sobre. O que é difícil de acontecer lendo outros textos, mas Freud sempre causou isso em mim. O que me faz gostar dele mais e mais.

Porém um desses primeiros argumentos me fez discordar dele. "Podemos pensar ser impossível que todas essas maravilhas da natureza e da arte, de nosso universo de sentimentos e do mundo exterior realmente tenham de se desfazer em nada. Seria insensato e ultrajante demais acreditar nisso.". Sim,  podemos pensar serem impossíveis tais coisas acontecerem, mas o fato de pensar é insensato e ultrajante demais? Não acha que pegou um pouco pesado demais não, Sigmund Freud? Insensato seria se a pessoa que pensasse isso fosse insensível, sem razão, louco, com falta de senso. E se ela, a pessoa, é tão sensível e tem tanto bom senso ao ponto de chegar a pensar nesta possibilidade? Certo, você mesmo falou que há um mecanismo de defesa em nós que nos protege de pensar em fatos que nos trariam dor. Mas e se uma certa pessoa for sensível demais, porém, corajosa demais a ponto de enfrentar seus medos e dores? Ela irá pensar sim em tais possibilidades e talvez torna-las possíveis, Sr. Freud. "Elas tem de substituir de alguma forma, alheias a todas as influências destrutivas.". Sim, elas irão ser substituídas. Mas nunca, nunca mais da mesma forma que eram antes. Nunca as tais coisas novas serão as que havia antes. E isso é bem óbvio. Então, porque insensato e ultrajante?


Ps.: Esta é o tipo da pergunta que eu nunca terei a resposta a quem pergunto. :P
Ps. 2: Quem quiser responder, eu agradeço. =D 
Ps. 3: Se foi um erro da - segundo a revista onde li - mestre em tradução de textos, mil perdões, Freud. :P
Ps. 4: Eu realmente não tenho o que fazer. huahu

Adios!