domingo, 30 de maio de 2010

Voltando

Ando tão distante daqui... Mas vim escrever alguma coisinha só pra atualizar e porque realmente preciso ter esse hábito. Isso me faz bem. E, principalmente, me fará bem.

O dia hoje não foi nem tedioso, nem movimentado. No meio. E isso me lembra uns meses atrás, quando minha vida estava tão paradinha que me fazia sempre sonhar com coisas que poderiam acontecer. Desejava muito, queria tanto... 

Ultimamente ando pensando em coisas diferentes e de formas diferentes. Ando mais relaxada e mais sentimental. Eu vejo pessoas que amam e expõem seus sentimentos pra fora, pessoas que sofrem e sentem dor e põem pra fora. Pessoas que sonham e vivem o amor. Eu preciso tanto disso novamente, sair por aí sem medo do que vem depois, do que pode acontecer...

Minha cápsula protetora está pedindo demissão. Juntei todos os cacos que eram Giselle e construi uma nova. Ou seja, sem mais cápsula protetora. That's over. Acabou e agora preciso me separar dela, quem sabe, para sempre. Para eu poder viver meu novo momento cheio de sentimento e realismo. Tudo ao mesmo tempo. Sem dores, sem traumas. Essa Giselle quer ir embora há muito tempo, mas nunca consegui deixa-la ir.  Tinha medo do que do que poderia vir depois e tudo se repetir... Mas tudo mudou e isso não pode ser assim. As coisas não funcionam dessa forma. Medo só nos retrai e nos priva do que poderia ser. E o que poderia ser nunca saberemos o que realmente é e isso é o que todos deveríamos saber. Sem o medo, saberei.

 Percebi também que não tenho mais músicas românticas felizes. Não percebi agora, mas, uma amiga comentou isso e aí, finalmente, parei pra pensar. Eu realmente não tenho músicas felizes quando ela fala de amor. Tenho, sim, tenho, mas são tão raras, mas tão raras, que dá pra contar nos dedos. E de uma mão só. E eu me lembrei que quando estava muito aflita, ouvia músicas felizes e ficava mais triste ainda. Quando ouvia músicas tristes, era um conforto, a libertação da minha dor. Sendo que eu fui melhorando e não mudei meu estilo musical. Continuei com aquela foça e revolta musical. Sim, só escuto músicas revoltadas e bastante tristes. E quando felizes, não falam de amor. 


Eu não sei se sou eu a dramática da história ou se a minha dor realmente tem fundamento. O que aconteceu no meu passado, à meu ver, não me leva a crer que tenha essa dor tão profunda e marcante. Mas ela é e eu não sei porque, porque tanto medo. Porque tanta crise em meus olhos, como diz a música de Muse. Eu sei que estou melhorando, mas porque tanto medo, meu Deus? Será uma privação e receio exacerbado de acontecer tudo de novo? Sim, mas pra que tanto? Por que tanto? A ponto de causar uma dor intensa dentro do meu peito, a ponto de chorar sem motivos e sentir uma solidão jamais sentida... Pra quê?


Vai saber...