domingo, 31 de outubro de 2010

=)

(Ignorem se esse texto ficar uma merda, eu to com muito sono)

Bom, eu estava pensando cá comigo durante esses dias. Como as meninas - e alguns meninos - conseguem ser tão sentimentais e eu... não. A conclusão que chego é: Eu tenho alguma dor muito forte no passado ou eu apenas cheguei numa fase da vida em que isso deixa de ser prioridade. Ou nenhum dos dois. Ou talvez até a mistura dos dois. A começar, tive um amor que foi um tanto conturbado. O que pode ser um dos fatores. E também tive amizades daquele tipo que você toma como exemplo o que é uma péssima amizade. Então, a soma destes dois fatores resultam a esta pessoa fria e excêntrica que cá está.

A boa notícia é que ultimamente tenho recuperado minha paz interior e exterior. Minha pré-ulsera me ensinou muito o que é viver em paz consigo mesma. É, precisou eu quase ter uma ulcera pra eu me tocar de tal coisa. Pior, pra eu me tocar que preciso melhorar. Mas, enfim, o que importa é que agora está tudo tranquilo.

Ontem foi a despedida da minha sala. Ultimo ano e me sinto completamente aliviada e gratificada de ter conseguido algo que eu almejava desde o primeiro dia de aula da minha simples vida. Mas apesar de toda essa alegria e gratificação que trago comigo, essa despedida me deixou sentimental. Ver todo mundo - que por acaso, brigou o ano inteiro - tão unidos, pensando e sentindo a mesma coisa. E principalmente, ver meu amiguinho de três anos, soluçando de tanto chorar e me abraçando com tamanha força, derreteu um pouco o meu coraçãozinho gelado. Poxa, apesar de todas as brigas, confusões, obrigações, é o fim de uma etapa. Eu nunca mais vou lá, fazer tais coisas (Um lado meu grita de felicidade). E tiveram seus bons momentos. Muitos. O primeiro beijo, o primeiro namorado, as amizades impróprias, as amizades verdadeiras, as birras, as inimizades, todas essas coisas estão lá e de lá nunca mais sairão. Ih, caramba, vou parar por aqui. To sentimental. Só mais uma coisa... Depois da despedida, é como se eu tivesse me tocado verdadeiramente de que tudo isso acabou. Embora um lado meu grite absurdamente uma felicidade extrema, o outro fica saudoso por esse passado estar no passado. E agora... Para sempre. Então me vem momentaneamente flashs desse passado que me ensinou tantas coisas e que me formou quem eu sou agora. É realmente difícil deixar um passado pra trás, não posso dizer que essa é a primeira vez que sinto isso, mas, por ser assim, não deixa ser difícil.

Mas é como eu digo: Odeio fins, porém, amo recomeços. =)

Sigamos! \o/

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Acho que bati meu recorde de tempo que fiquei sem escrever aqui. Mas enfim, ultimamente tenho visto blogs incríveis e isso me fez lembrar que tenho um. Na verdade dois, mas o único esquecido e desolado é este aqui. Então lá vamos nós. 

O que pensei durante esses dois meses vai ser difícil relatar aqui, mas vou tentar expor alguns pensamentos. O mais recente deles é: Eu sou uma pedra de gelo. Pois é. Eu sei e todo mundo sabe e isso não é novidade. Mas o fato é: Isso é horrível. E eu quero mudar. A princípio de tudo, não sei se sou uma pedra de gelo mesmo ou se tudo se baseia em medo ou então falta de conhecimento. O porque da falta de conhecimento é que, eu nunca sequer pensei que eu poderia expor minhas dores e minhas alegrias através de um poema, uma poesia ou um texto bem elaborado falando sobre o tal sentimento. Meus textos são como esse é, a meu ver, racionais em demasia. Mas, enfim, quem sabe algum dia eu ceda a esse mundo novo. Assim como aprendi a dividir minhas dores com as pessoas, poderei dividi-las com um pedaço de papel, certo? Ou talvez, esta seja apenas... eu.


Uma triste constatação que cheguei esses dias é que, eu me sabotei o ano inteiro. Sim, você não leu errado, eu me sabotei. Porque? Por medo de errar, por medo do fracasso. Se é ridículo? Sim, mas por incrível que pareça, não me envergonho por isso. Há as tais pessoas que se sabotam, reconhecem, mas negam a si mesmas e assim nunca se curam. E há as tais pessoas que se sabotam e só se tocam quando tá na beira do precípicio quase caindo. E este segundo tipo de pessoa sou eu. Se me orgulho? Claro que não. Me afogo em arrependimentos. Mas como não posso voltar ao passado e consertar tais erros, continuarei seguindo e tentarei não errar mais. 


Ah! Como gosto de falar dos meus defeitos. E um grande, quem sabe pode-se chamar de defeito, é que tenho dificuldades para enxergar minhas qualidades. Mas meus defeitos? Eu os vejo com clareza e tento conserta-los o tempo inteiro. Há aqueles defeitos que, como diria a grande Clarice Lispector, sustenta meu edifício inteiro. Então, os deixo aqui, guardados comigo e os cultivando como cultivamos amigos. E outro grande defeito meu é minha enorme insegurança com pessoas mais velhas. Penso eu, que esta insegurança veio da minha infância, onde eu compreendia os mais velhos, mas eles me falavam que nós crianças, de nada sabia. E que eles sim, sim!, eles sim sabem. O que me marcou foi ter acreditado nisso. O que não prova falta de conhecimento, mas sim ingenuidade minha por ter acreditado em alguém só porque falou com tal convicção. Falar com convicção e certeza, o que chamam de "ter caráter", na minha infância ingênua, sempre me convenceu de suas tolices, ou não. O fato é que sempre fui muito sensível as pessoas, então conseguia as analisar e até entende-las. Por mais que por muitas e muitas vezes não achasse as soluções, eu as sentia. Mas, segundo os adultos, eles são supremos. Então, me acabei em insegurança desde este dia e não sei olhar para pessoas mais velhas (Mais que 30, 40 anos) sem ter, nem que seja um pouco, aflição.


Por ter essa sensibilidade na minha infância que continua até então, sempre tive a sensação que seria uma boa psicóloga. Há quem diga que sim. Também, havia quem me chamasse até de "vidente" por conseguir "prever" o futuro. Pelo fato de eu conseguir prever uma situação que provavelmente iria acontecer. Que aliás, desconfio que as videntes façam isso pois desconfio que exista destino, muito menos que alguém consiga prever tal. Também, há o fato de eu conseguir me consertar e me entender sozinha. Eu consigo conversar comigo desde sempre. A princípio achava que todo mundo podia fazer isso, mas algum dia qualquer desses, estava andando pela Internet e parei num site que falava que os seres humanos possuiam as mesmas inteligências. Só que umas se sobressaiam mais que as outras e por isso, todas tinham seus ditos "dons". E um deles, porventura, o de índice mais baixo de todos, para ser mais exata, 2% da população, tem a inteligência que consegue ter uma vida interior muito ampla. Ou seja, conversar consigo mesma. E sim, de todas as inteligências que tinham lá, esta era a que eu tinha mais certeza que possuía. Então, por ter todos esses requisitos que considero básicos e outros que não falei aqui, sempre pensei que psicologa fosse minha profissão. Porém, sempre apenas pensei.


E então, eu poderia falar muito, muito mais. Mas estou cansada, de corpo porque são 03:20 da manhã e de escrever. E se eu não parar alguma hora, é capaz de sair uma biografia sobre mim. Então, é isso. Beijos!