segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mil coisas

Ah, estou aqui novamente. Como sempre, faço mil promessas, até juro que vou escrever mais nesse blog e acabo esquecendo dele. O problema é que eu não tenho o que escrever. Se ele ao menos fosse mais conhecido, se tivesse quem olhar e fazer seus comentários sem que eu tivesse que ir para uma comunidade e PEDIR isso, eu escreveria com mais gosto e vontade. Mas infelizmente estamos na terra onde ler e escrever é obrigação.

Então vamos falar de coisas banais, como o que tenho feito nesses dias. Tenho estudado pro vestibular, tenho pensado na minha vida e quanto mais respondo perguntas minhas, outras surgem para tirar meu foco. Ou não. Tenho medo de mostrar esse blog para as pessoas pois aqui tem opiniões passadas, textos fracos que demonstravam meu medo momentâneo. Demonstra até minha incerteza no mundo pois não consigo achar um nome fixo pra ele. Mudo cores, mudo planos de fundo. Penso em tirar meu nome e minha foto, mas logo penso: O que me importa o que acham sobre ele? Tudo o que escrevo aqui são fases. E mais rápidas ainda pois todas as vezes que vim aqui, tirando essa, vim para fazer um desabafo até mal pensado. E fazer desabafos sem opinião pronta e concreta, só sai textos emotivos e sem noção.


A princípio, meu intuito de fazer esse blog era expor opiniões pensadas, fazer com que pessoas o seguisse, comentasse, opinasse, criticasse, enfim, fizessem algo com os meus textos. Que eles valessem de algo, que eu tivesse um motivo de faze-los. Mas fiz meu primeiro texto, ruim, eu sei, mas não vi retorno nem para críticas. Sei que é esperar demais. Num mar cheio de cardumes, eu seria e sou apenas um peixe qualquer. Que a qualquer hora posso ser fisgado e bye bye.


Eu sempre gostei de escrever. Até mesmo quando não escrevia, eu "escrevia" na minha cabeça meus textinhos pré-adolescentes. Depois comecei a passar pro papel e pessoas foram lendo e se admirando da minha "capacidade" de escrever e comecei a me empolgar com a ideia. Uns anos depois, fiz um blog secreto, onde desabafo minhas coisas do dia-a-dia, meus pensamentos e sentimentos. Lá eu posso fazer o que quiser, falar o que quiser, ser quem quiser. Não que eu mude quem eu sou, mas quem nunca omitiu algo pra não machucar alguém ou até mesmo para ser mais simpático? Então, lá, eu não tenho porque ser simpática, nem tenho porque omitir nada. É tudo só meu e se alguém for ler, não vai ser porque eu falei que lesse. Só de vez em quando mando algum texto aqui e ali para alguém, numa conversa em que eu me lembre de algum texto que fiz e ache necessário e útil mostrar o que escrevi. Hoje em dia escrever é um remédio. Na verdade, sempre foi. Mas hoje é essencial. 


Neste mundo onde a conversa sincera, onde você expõe suas opiniões de mundo, indaga, questiona, conversa sobre coisas realmente uteis, são raras, um blog ajuda a quem vive nesse "conflito". Não que eu não tenha amigos para conversar sobre isso, eu tenho. Poucos, mas tenho. Só que eu constantemente tenho algo a falar, a questionar. Sempre tenho algo a criticar mas eu vivo mais só que acompanhada. Então, blog é a salvação. 

De uns tempos pra cá, tenho escrito menos. Eu usava meu outro blog, o secreto, como uma forma de organizar minhas emoções. Eu estava numa depressão terrível e sentia dores terríveis no peito, que a nomeio como Angústia. Hoje em dia ela só aparece de vez em quando, mas é tão raro, que esqueço de ir pro meu blog desabafar sobre a causa da dor. Então, essa ausência de dor é a causa da minha falta de escrita ultimamente. Já prevejo uma encadernação talvez um pouco menor que 2009.


Eu sempre tenho algo a falar, a escrever. Porque estou sempre pensando em algo. Mas eu temo escrever, pois gosto de guardar tudo. E guardar meio que significaria um bom maço de folhas no fim do ano e muito dinheiro para encadernar tudo. O que eu não deveria fazer. Mas faço. 


Em tudo na minha vida eu teimo comigo mesma. E quando alguém fala pra mim, é como se eu nunca tivesse ouvido falar naquilo e sigo e aceito fielmente. O que também é errado, mas faço. 


Analisando meus erros que citei anteriormente, posso chegar ao pensamento de que não estou errada. Só estou me privando do fracasso. Mas o fato de me privar demais, pode ser um erro. E chego a acreditar que sim, é um erro. 

E lá vamos nós para mais um erro, que pra mim, considero o maior deles: Minha insegurança. Parei meu raciocínio, parei meu texto para ler o que escrevi anteriormente. Pois estava sentindo que esse texto estava ficando confuso demais, demonstrando o que sinto e penso diariamente e por causa disso estava uma chatice. Para alguns, eu sei que não está. Mas desconheço quem se interesse por minhas filosofias diárias. Elas são tão confusas quanto chatas. Elas são muito complexas pois cada definição que chego provém de um pensamento longevo e muitas vezes vindas do meu sub-consciente que aprendi a aproveita-lo melhor. 


Ah, uma coisa que aconselho a todos: Conversem com si mesmos. Conversem com seu sub-consciente. Conversem. Toda a solidão, todas as dúvidas, todos os problemas, tudo o que tiver na sua vida irá se transformar. Eu sei o quão é dificil para alguns fazer isso, eu sei o quão é complexo chegar a isso. Na verdade eu não sei, mas imagino. Até porque eu sempre fui assim e se algum dia eu deixar de ser, eu enlouqueço e me suicido pois até perderia a vontade de viver. Não faria mais sentido algum pra mim. Então, é isso, pensem, conversem com si mesmos. Vocês vão começar a ver a vida com outros olhos, com olhos de quem já viu tudo aquilo. Não posso te afirmar que é um mar de rosas, mas é bom. É essencial para o mundo em que vivemos, para crescermos mais rápido e mais fortes.


Então... É isso. Eu teria mais a falar, mas estou cansadinha. Não sei se volto aqui amanhã, não sei se volto aqui semana que vem ou mês que vem. Nem sei se volto. Dessa vez, nada de promessas!